SONETO DE MADRUGADA
Tantos abismos me atirei
e tantas mortes me caçaram
mas de todas que morri
alguns fiapos me sobraram.
Novos corpos incompletos
vieram habitar minh'alma
outras caras, falas, gestos
novos riscos de navalha.
E nem culpa tenho nisso,
é pra mim um compromisso
renascer a cada instante.
E assim, morrendo sigo
da morte fazendo abrigo
pra vida de mais adiante.
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Um soneto bem realizado, Nico. Gostei de ver.
ResponderExcluir"E assim, morrendo sigo
da morte fazendo abrigo..."
Sigamos morrendo, estamos vivos. Por que tnata gente tem medo da morte, até de falar na cuja?
Abração.
Boa lição, professor!
ResponderExcluirEu também.
ResponderExcluirPosso não comentar? Porque para falar sobre uma obra tão linda, eu precisaria de palavras e como pronunciá-las agora, se me tirou o fôlego! Lindo! Lindo! Profundo!
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