POEMAS DO NICODEMOS

Aqui você encontra um pouco do meu pensamento e sentimento. São garrafas lançadas ao mar virtual, na espectativa do encontro com outros sobreviventes... Palavras que buscam evidenciar, veladamente, o È.

29.8.09

Soneto


SONETO DE MADRUGADA

Tantos abismos me atirei
e tantas mortes me caçaram
mas de todas que morri
alguns fiapos me sobraram.

Novos corpos incompletos
vieram habitar minh'alma
outras caras, falas, gestos
novos riscos de navalha.

E nem culpa tenho nisso,
é pra mim um compromisso
renascer a cada instante.

E assim, morrendo sigo
da morte fazendo abrigo
pra vida de mais adiante.

.

4 comentários:

  1. Um soneto bem realizado, Nico. Gostei de ver.
    "E assim, morrendo sigo
    da morte fazendo abrigo..."
    Sigamos morrendo, estamos vivos. Por que tnata gente tem medo da morte, até de falar na cuja?
    Abração.

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  2. Posso não comentar? Porque para falar sobre uma obra tão linda, eu precisaria de palavras e como pronunciá-las agora, se me tirou o fôlego! Lindo! Lindo! Profundo!

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