POEMAS DO NICODEMOS

Aqui você encontra um pouco do meu pensamento e sentimento. São garrafas lançadas ao mar virtual, na espectativa do encontro com outros sobreviventes... Palavras que buscam evidenciar, veladamente, o È.

7.4.10


não fui um menino prodígio
vivia trepado na mangueira
tocando gaita num pente

desce daí menino, você cai!!!

não caí...

fui um menino sabiá
vivia cantando...

não fui um menino
prodígio
mas acho que
estou me transformando num
velhinho prodígio.

3 comentários:

  1. Que poema lindo, Nicodemos! Me fez lembrar da minha meninice, lá na Ponta da Serra, no tempo de cajarana vivia trepada na cajaraneira. Tem coisa mais gostosa do que chupar cajarana lá em cima do pé de cajarana? Minha mãe chegava e gritava pra eu descer. Era um cuidado, meu Deus! Não fui tão peralta como desejaria ter sido, mas tenho lembranças deliciosas da infância, das enchentes do rio Carás, dos banhos de chuva, do caminho da roça, das noites escuras, das noites de lua, daquele céu sertanejo tão carregado de estrelas. Ê tá me dando uma saudade...
    um grande abraço pra você.

    ResponderExcluir
  2. Oi Stela,
    que boas lembranças desperta um verso...
    Escreva sobre sua meninice, é o tempo da poesia expontânea, natural... Quando se é poeta sem saber, nem forçar o verso.
    Se faltarem aventuras, pode criá-las, serão todas
    verdadeiras...
    um grande abraço!

    ResponderExcluir
  3. E no velhinho prodígio mora ainda o menino sabiá.

    Beijos.

    ResponderExcluir