Da dor que dói, da que espeta e da que arde
Falo da dor que alimenta esta saudade
Falo da dor que te abandona e que me invade
Dor de espinho cravando fundo a carne
Dor de osso ainda vivo e triturado
Dor de quando, ainda moço e já bem tarde
Vi mistérios de esfinge desvendados
Dor de pedras que atingem passarinhos
Dor de aborto quando o morto era esperado
Dor do dia que o filhote deixa o ninho
Dor de peixe que nadando é afogado.
Dor de morte escondida no segredo
Do sangue que pulsa contaminado
Dor do encontro do martelo com o dedo
Dor de membro putrefeito e amputado
Dor que infere sobre a singularidade
Do vivente que, por estar vivo, dói
Dor que rompe que corrompe que corroe
Dor que grita, dor que dói na eternidade
Falo da dor com presença e propriedade
Dor que dói dor que espeta dor que arde
Da dor que grita dor que dói na eternidade
De dor eu falo com presença e propriedade.
A dor dói...
ResponderExcluirBom trabalho - e que ela nos esqueça, a dor.
A dor.
A dor.
A dor.
Nico,
ResponderExcluirPra matar a saudade, vou colar este poema lá no CaririCult.
Com amizade,
Luiz
Salatiel, grande amigo!
ResponderExcluirSucesso em seus projetos!!
Bardo,
ResponderExcluira dor dói
mas não mata...
precisa do
dó
ente
para ser...