Aqui você encontra um pouco do meu pensamento e sentimento. São garrafas lançadas ao mar virtual, na espectativa do encontro com outros sobreviventes... Palavras que buscam evidenciar, veladamente, o È.
17.12.09
13.12.09
2.12.09
18.11.09
17.11.09
16.11.09
9.11.09
7.11.09
6.11.09
5.11.09
4.11.09
31.10.09
16.10.09
onde andará aquela 
de quem só encontro pedaços 
nas outras que beijo? 
terá hora, ou virá sem hora 
a senhora do meu desejo? 
andará a me buscar 
ou nem sabe de mim? 
não sabe que trago, 
por ela guardado
um amor 
sem começo
sem fim... 
se ela demora e não vem 
onde jogar meu carinho 
que brota escondido e é de ninguém? 
Que venha logo
que venha breve 
vestida de branco de seda ou cetim 
ou melhor
me venha nua 
vestida somente de cheiro jasmim... 
Ganharemos a rua 
e uivaremos pra 
lua
na noite sem fim.
5.10.09
19.9.09
                                                       Martelo
Falo da dor com presença e propriedade 
Da dor que dói, da que espeta e da que arde 
Falo da dor que alimenta esta saudade 
Falo da dor que te abandona e que me invade 
Dor de espinho cravando fundo a carne 
Dor de osso ainda vivo e triturado 
Dor de quando, ainda moço e já bem tarde 
Vi mistérios de esfinge desvendados 
Dor de pedras que atingem passarinhos 
Dor de aborto quando o morto era esperado 
Dor do dia que o filhote deixa o ninho 
Dor de peixe que nadando é afogado. 
Dor de morte escondida no segredo 
Do sangue que pulsa contaminado 
Dor do encontro do martelo com o dedo 
Dor de membro putrefeito e amputado 
Dor que infere sobre a singularidade 
Do vivente que, por estar vivo, dói 
Dor que rompe que corrompe que corroe 
Dor que grita, dor que dói na eternidade 
Falo da dor com presença e propriedade 
Dor que dói dor que espeta dor que arde 
Da dor que grita dor que dói na eternidade 
De dor eu falo com presença e propriedade.
15.9.09
11.9.09
7.9.09
5.9.09
4.9.09
1.9.09
31.8.09
29.8.09
Soneto
SONETO DE MADRUGADA
Tantos abismos me atirei
e tantas mortes me caçaram
mas de todas que morri
alguns fiapos me sobraram.
Novos corpos incompletos
vieram habitar minh'alma
outras caras, falas, gestos
novos riscos de navalha.
E nem culpa tenho nisso,
é pra mim um compromisso
renascer a cada instante.
E assim, morrendo sigo
da morte fazendo abrigo
pra vida de mais adiante.
.
.
28.8.09
Águas de maio chegando em meus olhos
São águas que um rio me quer navegar
Águas de maio lavando as correntes
São águas de um rio sonhando com o mar
Águas serenas brotando da fonte
Num leito de pedras que vem renovar
São águas que lavam que levam lembranças
Em águas tranqüilas quero navegar
São águas de chuvas, são gotas de orvalho
Vertidas no tempo de tudo molhar
São águas que seguem, são águas que passam
Correndo da serra seguindo pro mar
Águas que banham que sonham sementes
Brotando nos campos, encantos de amar 
São águas que cantam serenas, tranqüilas
Movendo montanhas pra outro lugar
Água clara, água fina. Água ensina a navegar
Água cura pura água. Água  e Luz a clarear.
Beijaflor
Flor bela, minha flor,
Minha flor bela,
Violeta minha,
Catléia lilás,
Hortência florindo a serra,
Sempre viva
Sempre linda...
Me deixa 
Te beijaflorar!
Assinar:
Comentários (Atom)




















